A Sabedoria Feminina
A força da mulher está em saber reconhecer suas fases e faces...
Reconhecer e usar toda sabedoria de cada Lua em si...
Reconhecer seu "Caldeirão" e não deixar jamais de dar à Luz, cada qual à sua maneira...
(Claudia Godoy - dezembro 2008)
Jamais se esquecer, que o "caldeirão " é sempre fértil...
A força da mulher, é saber que pode "voar"... encontrar outros reinos, falar com a natureza... correr com os lobos...
A força da mulher está em saber compartilhar com "suas irmãs", em um grande círculo, toda sabedoria, dons, alegrias e tristezas".
A força da mulher está em acessar a "donzela" a "mãe" e a "anciã" em qualquer fase da vida...
As três faces da Deusa...
(dedico essa "percepção" à pessoa que me "iniciou" nesse caminho -
Monika Von Koss)
A grande perda das mulheres imposta pelo patriarcado foi gerada pelo afastamento entre elas.
As mulheres que até então viviam em união, apoiando-se, curando-se, compartilhando seus partos e seus ritos de passagem, cuidando de seus filhos em comunidade; se tornaram isoladas, solitárias, cada qual confinada em sua casa, com sua família, com medo de perder seu marido... As mulheres se tornaram rivais...
Perdemos muito com isso, quem nunca pode perceber o prazer que é a união de várias mulheres em torno de um objetivo em comum?
O prazer que é nos reunirmos em círculo, trocarmos experiências...
Mesmo à beira de um fogão, que se tornou um martírio para muitas mulheres e até mesmo símbolo de inferioridade... lugar sagrado que representa nutrição, nutrição essa que quando vai à mesa leva junto o carinho, a entrega, o amor ou então apenas "uma massa que vai satisfazer as necessidades fisiológicas".
Quando estamos em grupo é um prazer, uma alegria, a comida sai mais saborosa... é claro, vai depender da qualidade da energia que está sendo compartilhada. Muitas mulheres estão redescobrindo a magia gerada da união entre nós.
Muitas mulheres estão retornando ao círculo, dando um novo começo à essa grande força que é gerada pela nossa união, força essa que pelo patriarcado foi desmembrada e enfraquecida.
Força essa que é a responsável pelo equilíbrio nosso, de nossos filhos, de nossos companheiros.
A mulher é a responsável pelo equilíbrio de um lar, quando ela se desestrutura, tudo se desestrutura.
E essa força, esse equilíbrio, só conseguimos quando somos capazes de conviver com outras iguas, sem a necessidade de competição, quando entendemos e aceitamos nossas diferenças, quando nos apoiamos mutuamente, quando festejamos a conquista de uma outra mulher, sem sentir inveja. Isso é auto-estima, isso é amor próprio, é saber reconhecer em mim e em minha "irmã" qualidades e aceitar as diferenças.
Existe um movimento acontecendo, chamado de o Milionésimo Círculo (de Jean Shinoda Bolen no seu recente livro do mesmo título) que baseia-se numa simples hipótese: quando um número crítico de pessoas muda a forma de pensar e de se comportar, a cultura também muda e uma nova era se inicia.
Numa aplicação da teoria dos Campos Mórficos de Rupert Sheldrake, esta iniciativa propõe nada mais do que a possibilidade de círculos de mulheres acelerarem a humanidade em direção a era pós-patriarcado.
Mulheres, vamos nos unir e reunir em um movimento de resgate de nossa sabedoria, há tanto tempo esquecida, negada e renegada, resgatar nossa magia, nossas curas... saber quem somos, o que nosso corpo diz, nosso sangue... tão rejeitado, tão negado, tão perdido de propósito... retornar ao círculo e aos ciclos...
Homens, apoiem esse resgate, o resgate do Feminino, que é muito mais do que feminilidade, o resgate dessa energia de união, de apoio, de criatividade...
..e assim vou, tocando meu tambor pelo caminho...
..e assim vou, tocando meu tambor pelo caminho...
(Claudia Godoy - dezembro 2008)
6 comentários:
shalom ! namastê!
adorei seu texto !
gostei muito ,e daqui sigo tbm pelas estradas de jupiter tocando meu tambor!bjus de luz ! namastê!!
coesidencia o horario postado 11:11!
bjus !
Que a mulher se una.
ao redor de uma mesa, próximas ao fogão, ou no chão macerando e pilando ervinhas.
e que se inicie a nova era!
belissimo texto!
Lindíssimo texto, Claudia. Obrigada por compartilhá-lo!
Esse texto fez-me navegar nas lembranças de criança, quando a parteira e as comadres se reunião para comemorar um novo nascimento. Não entendia muito a conversa,mas havia uma coisa muito boa: a canja de galinha. As velhas bem como as crianças e a vizinhança convidada comiam a suculenta e gostosa canja. Hoje compreendo o que havia naquele círculo de mulheres(os homens não entravam): o saber. Necessitamos resgatar essa "mulher sábia"!
Cacau,
Adorei o texto!
Vamos lá, à retomada...
beijos
Celi
Compreendo e concordo totalmente
com tudo o que foi dito no texto!
Se todas as mulheres do mundo pensassem dessa forma e enchergassem dessa maneira,
certamente não existiria tanta competição inútil...
Parabéns!
Que 2009 seja um novo dispertar não só do tambor, do útero, do coração e da alma, mas da nova consciência da mulher!
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