Mudar, Mudança, mudar a dança...


Escrevo o que sinto, falo de mim, de quem sou e às vezes, de quem gostaria de me tornar...
Já que a vida é uma mudança, por que não escolher, sempre, o que se tornar?
A cada instante temos a possibilidade de fazer diferente.
E por que não fazemos?
De onde vem esse medo tão grande da mudança?
Já diziam os sábios - "a única coisa que é constante, é a mudança".
Mudança, para mim, soa "mudar a dança"...
Mudar o ritmo, o compasso, a expressão...
Por que dançar até à exaustão em um único movimento?
Não dançar, conforme a música muda...
Mas mudar, conforme a música não mais agrada...
Fazer a escolha da mudança...
Querer, sentir, ansiar, entregar...
Mas para isso, primeiro, saber...

Qual é o meu ritmo?...
Qual ritmo me hipnotizou?
O qual eu danço, danço, danço apenas por dançar, não sinto mais meus pés nessa expressão, não tenho mais prazer nesse movimento... apenas o repito...

Conceitos herdados...
Quando ainda não sabemos qual é o nosso ritmo, qual é o nosso canto,
Seguimos a vida repetindo o que escutamos, o que aprendemos, o que herdamos...
Muitos conceitos já não servem, não trazem prazer, não animam.
A Alma não está presente...
O corpo vagueia, repetindo passos, repetindo caminhos, sem mesmo saber para onde está indo.
A Alma não está presente...
Dançamos a dança de nossos antepassados... repetindo passos, movimentos, expressões...
Há sempre a gratidão por esse aprendizado...
Mas, hoje, a escolha é usar tudo o que foi herdado e aprendido para transformá-lo em algo novo... jamais negar...
Apenas mudar a dança...
Mudar o ritmo, mudar o movimento e criar uma nova expressão para meu Ser.
Uma expressão animada.
Acordar desse sonho em que se representa com maestria o que não é o hoje...
Acordar para o aqui e agora, onde há a necessidade de um novo ritmo...
O meu ritmo.
Um ritmo animado, que traz um frescor para esse mundo.
Ouçamos nosso ritmo, nossa música interna, nosso compasso, nosso bater...
Ouçamos nosso Tambor, busquemos no mais profundo de nossos abismos, na mais densa de nossas florestas, no mais escuro de nossos mares se for necessário...
Sempre guiadas(os) pelo nosso canto profundo.
Descubramos assim, nossa expressão verdadeira...

"Hoje Sou, quem dança a dança da vida...
Hoje Sou, quem compõe a canção, quem cria o ritmo...
Sou grata por tudo o que trouxe e por tudo o que herdei.
E hoje, escolho fazer à minha vontade...
"
"... e assim vou, tocando meu tambor pelo caminho..."

(Claudia Godoy - janeiro 2009)

4 comentários:

Unknown 9 de janeiro de 2009 às 19:11  

A coragem de perceber que quando suas crenças já não lhe trazem a paz, aí então é preciso renascer feito a fenix, e absorver novos horizontes e novas e mais profundas verdades, até perceber que é preciso mudar outra vez, só que agora não é preciso mais coragem, porque a renovação não fragmenta seu Eu, ao contrário, torna-o mais simples e unido a tudo e a todos, então ela se torna tão nescessária quanto à simplicidade de respirar. Mudanças...sempre sábias e benditas mudanças.

Anônimo 13 de janeiro de 2009 às 13:16  

é como dizem, somos o que pensamos, e pensamos naquilo que somos.

Se vc pensa naquilo que queria ser, e escreve sobre isso [ testemunho] nada mais inevitavel do que isso se tornar real.

Parabens Claudia, os textos são sempre ótimos, muitissimo bem escritos e cheios de alma.

Um dia eu chego lá,
até lá, vou tocando meu tambor pelo caminho :)

bom 2009 pra nós!
beijos

Unknown 28 de janeiro de 2009 às 02:48  

É a primeira vez que entro no seu blog e amei!!! sou péssima com palavras, mas mto boa com sentimentos e seus textos afloraram em mim os melhores que possuo...
cada um de seus textos são tão cheios de vida, de vontade que inspiram....parabéns e um excelente ano pra vc
namaste

Anônimo 11 de março de 2009 às 20:22  

Mudar seja lá o que for é amedontrador,tive que resgatar o essencial da minha alma e começar a limpar tudo que se acumulou durante tantos anos que apenas eram suplerfo e juntar o que era realmente importante para minha vida, eu sei que foi assustador não só para mim mas para todos aqueles que conheciam aquela mulher que eu não era mais.Laços foram desfeitos, outros refeitos de forma muito diferente e finalmente pude olhar com calma e começar a falar , a buscar com sabedoria e calma o que realmente eu estava procurando .
Era a mim mesma , minha essencia verdadeira esquecida num canto muito escuro da minha alma.Foi preciso coragem para me enfrentar e reenfrentar o mundo que reaje com muita exclusão ao que se apresenta diferente.

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